quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Consumo com final feliz.

Vendas de livros voltados para crianças e adolescentes não páram de crescer no Brasil.

O mercado de livros infanto-juvenis não está para brincadeira. Não é à toa que a Festa Literária Internacional de Paraty lançou, na sua última edição, realizada de 1 a 5 de julho, um novo espaço destinado a atividades culturais direcionadas ao público jovem: o Flipzona. Nele, os adolescentes puderam entrar em contato com escritores, ilustradores, grafiteiros e muitos outros profissionais ligados à produção cultural, despertando o interesse não somente pelas altas literaturas, mas por diversas manifestações artísticas que podem vir a ganhar a forma de livro: grafitagem, cartoon, poesia e muito mais. Esse braço juvenil da Flip vem se juntar à consagrada Flipinha, tenda voltada para o público infantil, que recebeu, nessa edição, autores consagrados como Ruth Rocha, Marina Colasanti e Carlos Heitor Cony.

A história das vendas de livros infanto-juvenis vem sofrendo reviravoltas como todo bom conto de fadas. Desde 2006, a produção e o consumo de títulos das mais diferentes temáticas, voltados para idades diversas, não pára de crescer. De acordo com pesquisa realizada pela FIPE por encomenda da Câmara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, o número de títulos editados na área de literatura infantil cresceu 15,18% de 2006 para 2007. Foram 3.491 obras publicadas em 2007 em comparação às 3.031 editadas em 2006. O volume de exemplares produzidos foi de 14,7 milhões em 2007, para 12,8 milhões em 2006. A literatura juvenil também apresentou um crescimento representativo: 1.519 títulos editados em 2006 para 1.711 no ano seguinte. Rosely Boschini, presidente reeleita da CBL, avalia que o resultado é muito positivo. “Isso demonstra que temos um futuro promissor para o mundo do livro e da leitura”, conclui.

E as boas vendas vão, pelo jeito, continuar sendo as heroínas do mercado ainda durante um bom tempo. A última Bienal do Livro de São Paulo, o maior evento do setor editorial na América Latina, expandiu sua área destinada à comercialização de livros para crianças e adultos em 30%, no agosto do ano passado, de acordo com a organização do evento. As vendas superaram as expectativas, impulsionando o mercado editorial brasileiro mais uma vez.

Isso tudo sem falar no mago das vendas, o bruxinho Harry Potter, que faz mágica com as caixas registradoras das livrarias nos quatro cantos do mundo. Em março deste ano, uma cópia do primeiro livro da série foi vendido por mais de US$ 19 mil nos EUA, de acordo com uma casa de leilões de Dallas. O comprador foi um colecionador de quadrinhos antigos de Dubai, nos Emirados Árabes, cuja esposa é fã do mago. “Harry Potter e a Pedra Filosofal” foi uma das 200 cópias lançadas com embalagem ilustrada pela editora inglesa Bloomsbury. A autora J. K. Rowling escreveu sete livros da série Harry Potter, que terminou em 2007 e vendeu mais de 300 milhões de cópias em todo o mundo.

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